O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (11) em Plenário um regime de capitalização, como o sugerido pelo governo na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, um investimento de alto risco para a aposentadoria das gerações futuras. O parlamentar explicou que, diferentemente das atuais regras, a poupança individual, como foi adotada em países como Chile e Peru, inviabilizará o sistema de arrecadação para assegurar o benefício de quem está para se aposentar, e segundo ele, não será uma aplicação segura para os que a ela aderirem.

— Todos aqueles que entrarem daqui para frente vão para o regime de capitalização, poupança individual, poupança no nome dele, só ele pode mexer. Quem vai pagar aqueles outros milhões de brasileiros que estão em via de se aposentar? Dizem que é um gasto em torno de R$ 600 bilhões. Isso aconteceu nos outros países. Vamos pegar o caso do Chile, as pessoas depositaram na poupança individual, o investimento é de risco, não deu certo e daí quebrou. Quem paga? O Estado não vai te dar um salário mínimo, dois, três, nem quatro e nem cinco, ainda mais no Brasil hoje — afirmou o senador.

Frente Parlamentar

Paim informou que no próximo dia 20 será lançada a Frente Parlamentar Mista da Previdência Pública. O grupo, de acordo com o senador, promoverá debates no âmbito do Congresso e nos estados para esclarecer os efeitos das mudanças que a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro pode gerar na vida do trabalhador. Ele pediu que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, promova uma sessão temática sobre o assunto com a participação de especialistas. As sessões de debates temáticos são destinadas a discussões e deliberações de assuntos relevantes de interesse nacional previamente fixados pelo presidente do Senado. Também podem ser propostas por um terço dos senadores ou por líderes partidários que representem esse número, com aprovação do Plenário.

Agência Senado