MEDALHA MDA

"O Brasil precisa afastar a má-influência de uma elite deletéria, que não gosta do brasileiro, que gostaria de ter nascido em Miami." Quem afirma é o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, em discurso na noite da quarta-feira (21/11) ao receber a medalha do Movimento de Defesa da Advocacia (MDA). O advogado foi o terceiro premiado pelo movimento do qual também participou da idealização, há 15 anos.

Mariz de Oliveira foi o terceiro premiado pela medalha do MDA, movimento que ajudou a fundar há 15 anos. 
Marcelo Camargo/Agência Brasil

"Eu não sei se essa homenagem é justa ou injusta, que na verdade não é por merecimento, mas por antiguidade", brincou. Na plateia, nomes como o presidente da OAB de São Paulo e candidato à reeleição, Marcos da Costa, o desembargador Artur Marques da Silva Filho, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, e o desembargador Paulo Dimas Mascaretti, ex-presidente do TJ-SP, que será secretário de Justiça do governo de João Dória (PSDB). 

O presidente do MDA, Rodrigo Monteiro de Castro, foi quem anunciou o premiado da noite, escolhido com base no trabalho anual em defesa das prerrogativas da advocacia.

No começo de seu discurso, Mariz avisou que não falaria sobre a atual situação do país, mas não cumpriu a promessa. Acabou defendendo a necessidade de mais amor diante do que chamou de "intolerância raivosa". "Estou com muito medo, mas não pela ruptura da democracia ou queda das instituições, mas pela barbárie que se anuncia nos horizontes num discurso jamais visto neste país", disse. "Eu quero tímida e humildemente proclamar a necessidade do amor, das mãos dadas, do ombro posto à disposição daquele que precisa."

Em 2016 e 2017, nas duas primeiras edições do evento, foram premiados o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e o advogado Tales Castelo Branco.

Revista Consultor Jurídico, 23 de novembro de 2018