Uma das mais propagadas mentiras das redes sociais criadas pelo candidato fake news Jair Bolsonaro (PSL), recebeu finalmente uma advertência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou a remoção de vídeos com mais de 500 mil visualizações em que Bolsonaro espalhava a mentira sobre o suposto "kit gay" distribuído nas escolas, mas que não existe nem nunca existiu.

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No vídeo, Bolsonaro exibe um livro “Aparelho Sexual e Cia” e diz na maior cara de pau que o mesmo havia sido distribuído em escolas pelo governo do PT. Usando frases de efeito, ele afirma que o livro é "uma coletânea de absurdos que estimula precocemente as crianças a se interessarem pelo sexo". "No meu entender, isso é uma porta aberta para a pedofilia", diz o candidato ultraconservador.

Na decisão do TSE, Bolsonaro fica proibido de continuar a mentir falando sobre o tal kit. "É igualmente notório o fato de que o projeto 'Escola sem Homofobia' não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação, do que se conclui que não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor", afirma o ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou a remoção de seis postagens no Facebook e no YouTube.

O ministro destaca que o próprio Ministério da Educação já registrou, em diferentes oportunidades, que a publicação em questão não integra a base de livros didáticos distribuídos ou recomendados pelo governo federal. "Mais recentemente, ante a permanente polêmica suscitada nas redes sociais, o Ministério, por meio de comunicado publicado em dezembro de 2017, assentou que “as informações equivocadas presentes no vídeo, inclusive, repetem questão que tinha sido esclarecida anos atrás", aponta outro trecho da decisão.

O documento afirma ainda que “a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC (…) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”.

"O candidato vem proferindo esta grave mentira há mais de dois anos. A informação de que o livro seria distribuído em escolas públicas começou a ser difundida por Bolsonaro no dia 10 de janeiro de 2016 através de um vídeo que publicou no Facebook", denuncia a coligação de Fernando Haddad (PT-PCdoB-Pros). 

Do Portal Vermelho, com informações de agências