Os investimentos dos governos central, estadual e municipal e das empresas estatais totalizaram R$127,2 bilhões, em valores acumulados em 12 meses, até junho deste ano, pouco menos da metade do patamar de 2014, corrigido pela inflação. Com o corte nos investimentos, fica difícil saber de onde virá o tão alardeado crescimento.

“A taxa de investimentos públicos alcançou o auge do período histórico recente, de 4,6% do PIB, em 2010. No final de 2014 a taxa já havia retroagido para 3,9% do PIB. A partir daí, inicia-se uma queda mais pronunciada, quando, no breve período de dois anos e meio, a taxa de investimento caiu praticamente pela metade”, diz o estudo.

Cerca de 30% dos investimentos foram realizados pelas empresas estatais (R$ 45,6 bilhões) e o restante, R$ 81,6 bilhões, pelo governo geral. O governo municipal foi o que mais investiu, com emprego de R$ 30,4 bilhões.

Em termos nominais (sem correção da inflação), foi o menor nível desde 2009, quando foram investidos R$ 133,9 bilhões. O auge foi alcançado em 2014, com R$ 228 bilhões.

Já quando considerado o efeito da inflação, o resultado indica um retrocesso ainda maior. “Quando os valores são corrigidos pelo IPCA, os investimentos públicos caíram mais do que pela metade entre 2014 e 2017, de R$ 276,0 bilhões para R$ 127,2 bilhões, e neste último ano alcançou patamares semelhantes aos de 2006 e de 1998, quando foram investidos respectivamente R$ 129,8 bilhões e R$ 128,3 bilhões”, aponta a instituição.

                   

Fonte: Vermelho, 13 de dezembro de 2017