O número de lares chefiados por mães solo explodiu e explica boa parte do cenário atual

Por Marsílea Gombata, Valor — São Paulo

O crescimento de domicílios chefiados por mulheres, especialmente sem cônjuge, acelerou nos últimos dez anos, impulsionado pela maior inserção das mulheres no mercado de trabalho e sua autonomia financeira. No período, o número de lares chefiados por mães solo explodiu e explica boa parte do cenário atual, segundo levantamento feito para o Valor pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Os números, compilados pela economista Janaína Feijó com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), mostram que, juntamente com o crescimento do número de domicílios na última década, a quantidade de lares com mulheres ocupando a função de responsável da família (com a remuneração mais alta do lar) cresceu 72,9% entre 2012 e 2022, passando de 22,2 milhões para 38,3 milhões.

A participação das mulheres entre os responsáveis dos domicílios saiu de 35,7% para 50,9%, enquanto a dos homens caiu de 64,3% para 49,1%.

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