O acumulado de janeiro a julho fechou em 9,11%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi de 14,07%, resultado um pouco abaixo dos 14,53% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores

Fernanda Strickland

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 1,48% em julho, com uma variação 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de junho, que foi de 1,65%. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (9/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o terceiro maior índice do ano, influenciado pelo material e mão de obra.

Os dados mostram também que o acumulado de janeiro a julho fechou em 9,11%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi de 14,07%, resultado um pouco abaixo dos 14,53% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.


Augusto Oliveira, gerente do Sinapi, explicou que o segundo semestre inicia-se com o terceiro maior índice do ano, influenciado mais uma vez pela alta nas duas parcelas que o compõem, material e mão de obra. “O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.652,27 em julho, sendo R$ 987,88 relativos a materiais e R$ 664,39 à mão de obra. Em junho, o custo nacional fechou em R$ 1628,25.”

Para ele, a parcela dos materiais apresentou alta em relação ao mês anterior. “Quando comparado ao índice de julho de 2021, temos uma queda significativa”, afirma. A parcela de materiais mostrou uma taxa de 1,38%, registrando alta de 0,19 ponto percentual (p.p.) em relação a junho (1,19%). Considerando o índice de julho de 2021 (2,88%), houve queda de 1,50 p.p.

“Em julho, a parcela da mão de obra, apesar dos acordos coletivos firmados no período, registrou variação de 1,62%, caindo 0,73 ponto percentual em relação a junho”, completa o analista.

Alta entre os estados

O Paraná foi a unidade da Federação com a maior taxa no recorte estadual. Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, o estado registrou variação mensal de 5,18%. “Neste mês, o estado do Paraná destacou-se registrando a maior taxa entre os estados. Com o Rio Grande do Sul apresentando a terceira maior taxa do mês, a região Sul registrou a maior variação em julho”, diz Augusto.

A região Sul, que também observou acordos de categorias profissionais no Rio Grande do Sul, ficou com a maior variação regional em julho, 3,33%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,85% (Norte), 1,50% (Nordeste), 1,05% (Sudeste), e 1,24% (Centro-Oeste).

Já os custos regionais, por metro quadrado, foram de R$ 1.622,08 (Norte), R$ 1.546,52 (Nordeste), R$ 1.723,94 (Sudeste), R$ 1.717,01 (Sul) e R$ 1.658,26 (Centro-Oeste).

CORREIO BRAZILIENSE

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