O movimento sindical está concentrando energia na preparação de fortes manifestações, que devem sacudir o País no dia 10 de novembro, uma sexta-feira. Centrais Sindicais, Confederações reunidas no Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Federações e Sindicatos de todas as categorias estão engajados na organização do Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos.

Entidades sindicais se reuniram nesta quinta (26) em ato que antecede o Dia Nacional de Mobilização

                         

A data foi escolhida por ser a véspera da entrada em vigor da Lei 13.467/17, a famigerada reforma trabalhista.
CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central se reuniram quinta (26), para definir as ações até a data da mobilização. As entidades aprovaram informativo que será distribuído à população em todo o Brasil, além de cartilha unitária para denunciar as maldades da reforma trabalhista.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), aponta à Agência Sindical que os três eixos de resistência são o combate à lei trabalhista, repúdio à Portaria que facilita o trabalho escravo e resistência à reforma previdenciária.

Luiz Carlos Motta, presidente da UGT São Paulo e da Fecomerciários, alerta também para as dificuldades nas negociações coletivas. Ele diz: “O patronato quer antecipar a nova lei e impor retrocessos nas Convenções. As negociações estão mais complicadas. Por isso, é importante que os trabalhadores se unam e no dia 10 de novembro repudiem as reformas”.

Metalúrgicos - A iniciativa de desencadear o processo coube ao movimento Brasil Metalúrgico, que aprovou a realização do dia nacional de lutas durante a plenária de 29 de setembro. Na manhã desta segunda (30), dirigentes metalúrgicos de todo o País se encontram no Sindicato da categoria, em São Paulo, para organizar as manifestações no setor.

Na sexta (27), a Agência esteve com Miguel Torres, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) do Sindicato paulistano, durante ato promovido pelo FST contra as “reformas” em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. "As manifestações demonstram que a população começa a entender a necessidade de derrubar essa famigerada lei trabalhista, que entra em vigor no dia 11 de novembro”, afirma.

Para Artur Bueno de Camargo, coordenador do Fórum e da CNTA (setor de alimentação), o movimento de resistência está crescendo e aumentando a integração de todas as categorias. “Estaremos juntos dia 10 de novembro. Vamos apoiar e participar. Esse governo vem massacrando a classe trabalhadora e atacando o sindicalismo. Dia 10 daremos a resposta", diz.

                                   

Fonte: Agência Sindical, 30 de outubro de 2017