Forte expansão no período de julho a agosto vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma retomada após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores.
Por G1
A economia dos Estados Unidos cresceu 33,1% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, em dados anualizados, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento do Trabalho do país. É a maior alta da série histórica do indicador.
PIB dos EUA - terceiro trimestre de 2020 — Foto: Economia G1
A expectativa era de uma alta de 31%, de acordo com a Reuters, também em dados anualizados. Os dados ainda passarão por duas revisões nos próximos meses.
Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior, e não a taxa anualizada. Pela métrica não anualizada, a alta foi de 7,4%.
Base fraca
A forte expansão no período de julho a agosto vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma retomada após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores, a maior desde a Grande Depressão, no início do século passado, conforme a pandemia atingiu fortemente os gastos das famílias e das empresas.
"O aumento do PIB real no terceiro trimestre refletiu aumentos nos gastos do consumidor, estoque, investimento, exportações, investimento empresarial e investimento em habitação, que foram parcialmente compensado por uma diminuição dos gastos do governo", apontou o BEA em nota.
Já o aumento nos gastos dos consumidores refletiram altas em serviços (liderados por cuidados de saúde) e bens (liderado por veículos motorizados e peças).
De acordo com o escritório de estatísticas, a alta do PIB no terceiro trimestre reflete os esforços continuados para reabrir os negócios e retomar as atividades que foram adiadas ou restringidas devido à pandemia da Covid-19.
O escritório ressalta, no entanto, que os efeitos econômicos totais da pandemia não podem ser quantificados nessas estimativas, porque seus impactos estão geralmente incorporados nos dados de origem e não podem ser identificados separadamente.
Pedidos de seguro desemprego
Também nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho apontou que os pedidos iniciais de seguro-desemprego tiveram queda na semana encerrada em 24 de outubro. Foram 751 mil pedidos, ante um número revisado de 791 mil na semana anterior.
Pedidos de seguro desemprego nos EUA — Foto: Economia G1
Fonte: G1