A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando trabalho) ficou estatisticamente estável: passou de 76,8 milhões para 76,9 milhões de pessoas

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Pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira apresenta dois dados preocupantes. O levantamento, realizado entre os dias 5 e 11 de julho, aponta que o país possui 12,2 milhões de pessoas desocupadas, na semana anterior eram 11,5 milhões. Com isso, o desemprego também sofreu alta, para 13,1% – na semana anterior, eram 12,3%.

A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando trabalho) ficou estatisticamente estável: passou de 76,8 milhões para 76,9 milhões de pessoas.

Desse grupo, 28,3 milhões disseram que gostariam de trabalhar. Destas, 19,2 milhões não buscaram ocupação devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive – equivalente a 68% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar.

Os trabalhadores informais são 27,6 milhões (34,0%). No início de maio, eram 29,9 milhões. São trabalhadores do setor privado sem carteira; domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; os que trabalham por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

Trabalho remoto

A pesquisa do IBGE também apontou que, pela primeira vez, o número de pessoas ocupadas que trabalhavam de forma remota caiu de forma significativa, passando de 8,9 milhões na primeira semana de julho para 8,2 milhões na segunda semana do mês. Com isso, cerca de 700 mil pessoas podem ter retornado ao trabalho presencial com a flexibilização das medidas de distanciamento social.

“Essa é a primeira queda significativa nesse grupo desde o início de maio, quando a pesquisa começou. A redução foi observada tanto em valores absolutos (643 mil) quanto percentuais (11,6%) e reflete o que já estamos vendo, que é o retorno de parte dessas pessoas aos seus locais de trabalho antes da pandemia”, disse em nota a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Fonte: G1