São medidas desta natureza que serão capazes de garantir a sobrevivência, o respeito aos direitos humanos e a diminuição das desigualdades sociais durante a pandemia do coronavírus e no pós pandemia que está por vir.

 por Humberto de Jesus

O governo espanhol, da coalizão de esquerda composta pelo Podemos e pelo Partido Socialista, aprovou na última sexta-feira 29/05 a criação de um novo direito social, a Renda Social Mínima.

Esta medida tem o objetivo de combater a extrema pobreza no país que, segundo dados oficiais, afeta 600 mil famílias e cerca de 1,6 milhão de pessoas, situação que hoje está entre as piores na União Europeia.

Esse novo direito social vai beneficiar 850 mil lares, cerca de 2,3 milhões de pessoas, das quais 30% são crianças e adolescentes.

O programa está orçado em 3 bilhões de euros. Cada indivíduo receberá 462 euros e uma família pode chegar a receber até o limite de 1.015 euros. Ainda, aquelas pessoas que têm empregos mal remunerados, terão seus salários complementados, equiparando-se até o limite do programa.

São medidas desta natureza, de distribuição direta de renda, que assegurem uma renda mínima e permanente de cidadania que serão capazes e eficazes para garantir a sobrevivência com dignidade, o respeito aos direitos humanos e a diminuição das desigualdades sociais durante a pandemia do coronavírus e no pós pandemia que está por vir.

Que possamos nos inspirar nos espanhóis, ampliar o debate e fazer desta uma bandeira de vários setores da sociedade, a necessidade cada vez mais imprescindível da criação de uma Renda Básica de Cidadania no Brasil, para combater a pobreza e a extrema pobreza, a fome, a miséria, as desigualdades sociais.

Esse é o caminho para construirmos um futuro mais igual, mais justo, mais digno e com mais esperança para o nosso povo.

Originalmente publicado no UOL