Para retirar o protagonismo do ministro, o governo mudou o modelo de coletiva tendo como organizador da conferência o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e contou com a presença de outros ministros

Ministro Mandetta durante coletiva (Reprodução do Faceboock)

Em coletiva nesta segunda-feira (30), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que as restrições impostas pelos estados e municípios para combater o pandemia de coronavírus vão continuar.

Sendo assim, a orientação do Ministério da Saúde é que comércios e escolas nas cidades brasileiras continuem fechados.

“O critério será sempre técnico, sempre científico, tentando salvar vidas”, disse o ministro destoando das declarações dada pelo presidente Bolsonaro que ameaça baixar decreto acabando com o isolamento.

Para retirar o protagonismo de Mandetta, o governo mudou o modelo de coletiva tendo como organizador da conferência o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e contou com a presença de outros ministros.

A pergunta sobre o passeio do presidente pelas cidades satélites de Brasília não foi respondida sob alegação do “adiantado da hora”.

“O presidente saiu ontem às ruas, para fazer visitas. Pode?”, questionou o jornalista. Uma servidora da Presidência respondeu: “Em função do adiantamento (sic) da hora, a presente coletiva está encerrada”.

Os ministros deixaram o local da entrevista. Mandetta e dois secretários do Ministério da Saúde permaneceram para apresentar os dados técnicos.

Demissão

A respeito da provável demissão de Mandetta, Braga Netto tomou a palavra do ministro da Saúde para descartar a saída.

“Deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento, está certo? Não existe”, afirmou Braga Neto.

Em seguida, Mandetta não escondeu que existe problemas com Bolsonaro. Disse que as “tensões são normais” neste momento “pelo tamanho desta crise” provocada pela pandemia.

O ministro ainda reafirmou que enquanto estiver no cargo vai trabalhar com “ciência, técnica e planejamento”.

Mandetta disse que todos os ministros estão empenhados em apresentar a Bolsonaro o conjunto da obra.

Lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reviu as restrições naquele país que estavam para vigorar até a Páscoa e mudou para o 30 de abril.

Vermelho