Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

Os indicadores de atividade e de emprego na indústria da construção brasileira alcançaram em outubro o maior nível dos últimos sete anos, informou nesta segunda-feira (25) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 12 de novembro, com 483 indústrias da construção.

Segundo a confederação, o índice de nível de atividade do setor alcançou 49,9 pontos no mês passado, valor semelhante ao registrado no fim de 2012. Já o índice de número de empregados ficou em 48,5 pontos, também o maior valor desde outubro de 2012.

"Os resultados consolidam a tendência de crescimento do setor", avaliou a CNI.

A Confederação Nacional da Indústria lembrou que os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos e que, quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram queda da atividade e do emprego.

"Os dois índices estão muito próximos da linha divisória dos 50 pontos e superam os valores verificados no mesmo mês do ano passado. O nível de atividade é 2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima do de outubro de 2018", informou.

De acordo com o levantamento, a chamada utilização da capacidade operacional ficou em 62% em outubro, nível três pontos percentuais acima do registrado há um ano e igual à média histórica do setor. A ociosidade na construção tem diminuído desde maio deste ano, diz a CNI.

"A previsibilidade do setor aumenta em um contexto de inflação controlada e juros baixos, contribuindo para que os empresários fiquem mais propensos a investir e assumir riscos", acrescentou a economista da CNI, Dea Fioravante.

Expectativas

De acordo com a CNI, o Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) subiu para 62 pontos neste mês, uma alta de 3,2 pontos em relação a outubro. O indicador também está 8,4 pontos acima da média histórica, que é de 53,6 pontos.

A pesquisa mostra que os empresários do setor estão otimistas com as perspectivas para os próximos seis meses.

Todos os indicadores de expectativas ficaram acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o crescimento da atividade, do emprego, da compra de matérias-primas e de novos empreendimento e serviços nos próximos seis meses.

Ao mesmo tempo, a disposição para fazer investimentos também melhorou, pois o índice de intenção de investimentos – compra de máquinas e equipamentos, pesquisa, desenvolvimento e inovação de produto ou processo – aumentou para 37,9 pontos neste mês e está 5,4 pontos acima do registrado há um ano e 4,1 pontos acima da média histórica.

G1