Centenas de dirigentes de Centrais, Confederações, Federações e diversos Sindicatos lotaram segunda (4) a quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

O ato unitário lançou a campanha de divulgação do Projeto de Lei 5.552/19, que atualiza a organização sindical, mas não quebra o Artigo 8º da Constituição ou outras garantias.

A plenária foi convocada pelas Centrais CTB, CGTB, Nova Central e o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) e aprovou várias deliberações. Entre elas, massificar junto às bases o PL 5.552, apresentado pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG), que mantém a representação por categoria.

Outra deliberação é buscar apoio junto a deputados e senadores alinhados aos interesses da classe trabalhadora. O FST lançou uma cartilha digital que visa facilitar o acesso e a compreensão sobre o Projeto.  

Claridade - “Quanto mais debate, melhor para o entendimento do trabalhador e dos próprios parlamentares. O encaminhamento fechado, em pequenos grupos, não é o melhor. Se é do interesse dos trabalhadores e da sociedade, por que não massificar a discussão?”, pergunta Oswaldo Augusto de Barros, presidente da CNTEEC e coordenador do FST.

Ato reuniu sindicalistas de sete Estados na quadra dos Metroviários de SP
Diálogo - Adilson Araújo, presidente da CTB, também reforçou a importância do diálogo. “O movimento sindical tem que aprender a dialogar com o povo. De dentro pra fora, a fim de defender os Sindicatos. Mas é necessária outra postura. Ir à base pra conversar com o trabalhador e mostrar o que está em jogo”, ressalta o dirigente.  
 
A atividade reuniu 120 entidades, de sete Estados. Mais de 30 categorias participaram. Entre elas, metalúrgicos, metroviários, rodoviários, professores, bancários, servidores, marítimos, urbanitários, comerciários, vestuário, além de aposentados.

Calixto - Segundo o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), “a organização sindical unitária foi reafirmada não só pela Constituição de 1988, como também pela reforma constitucional cinco anos depois”. Para Calixto, “a assinatura de acordos e Convenções para toda a categoria traz ganhos ao trabalhador e segurança jurídica para o empregador”.

Sobrevivência - Ao falar sobre unicidade versus pluralidade, o dirigente dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo Annunciato (Chicão) comentou que “a unicidade garante a convivência da diversidade de pensamentos e correntes, enquanto a pluralidade leva para o sindicalismo de tendências, o que fraciona a organização e desorienta as categorias”.

Ubiraci Dantas, presidente da CGTB, destacou a necessidade de “trazer todo mundo pra essa batalha. Porque no final das contas o maior prejudicado será o próprio trabalhador ao perder esse instrumento de defesa que é o Sindicato”. 

Ao final, foi colocada em votação e aprovada moção de repúdio à política econômica do governo Bolsonaro. “Esse governo veio para promover um desmonte do Estado e retirar direitos dos trabalhadores. Temos que lutar contra isso”, alertou Rene Vicente, dirigente do Sintaema-SP e presidente estadual da CTB.

Assista - A Agência Sindical transmitiu ao vivo a plenária. Clique aqui e confira.
 
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Agência Sindical