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Centrais aceitam proposta do governo sobre isenção de imposto na PLR


FALTA SANÇÃO PRESIDENCIAL

As principais centrais sindicais do país e o governo federal encerraram nessa sexta-feira (21/12) um debate que se estendeu ao longo de todo 2012. Foi fechado em São Paulo o acordo para que a chamada PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) esteja isenta de cobrança de Imposto de Renda.


Pela manhã, em São Paulo, os ministros Gilberto Carvalho e Brizola Neto (Ministério do Trabalho e Emprego) comunicaram a Vagner que o governo aceitava fechar o valor em R$ 6 mil, o mesmo que era negociado inicialmente – o Executivo chegou a baixar o teto para R$ 5 mil.Um ofício firmado pelos presidentes das entidades de representação dos trabalhadores já chegou ao gabinete do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O governo propõe a isenção de valor de R$ 6 mil. Os sindicalistas avaliaram que a concretização desse acordo é uma conquista a ser celebrada. “Estamos mandando solicitação para a presidenta Dilma para que faça isenção de R$ 6 mil da maneira que Gilberto Carvalho se comprometeu no 1º de Maio”, afirmou o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas. As centrais esperam pela ratificação do acordo pela presidenta Dilma Rousseff na próxima semana, para que comece a surtir efeito a partir de janeiro.


No fim da tarde, um ofício assinado pelos presidentes de CUT, Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores) foi enviado à Secretaria Geral informando que aceitam a proposta do governo, apresentada durante a cerimônia do Natal de Dilma Rousseff com catadores de materiais recicláveis e a população em situação de rua.


O ministro Brizola Neto afirmou à RBA que o valor de R$ 6 mil evita que se possa usar a PLR como maquiagem. "A gente tem que ter cuidado com o teto", disse. "Se eleva muito o teto do desconto, daqui a pouco tem executivo usando o bônus como PLR."


O presidente da UGT, Ricardo Patah, também considerou positivo que o governo apresente a proposta no final de um ano no qual as centrais se queixaram da distância que o Planalto mantém em relação aos trabalhadores. “De tantos problemas que tivemos, sem votar fim do fator previdenciário e redução da jornada, é melhor resolver algumas questões pontualmente, e aí para 2013, que já temos estratégia traçada, teremos posições firmes em busca das bandeiras que estamos há muito tempo querendo emplacar. Este é um sinalizador de que 2012, pelo menos uma das questões pleiteadas está saindo.”



Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o número é "razoável", mas ele lamentou a falta de discussão do governo com os representantes das centrais este ano. "Ficamos de negociar, mas ela (a presidenta Dilma Rousseff) nunca mais chamou a gente", criticou.


O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, também considerou "aceitável" o valor, que segundo ele abrange 80% dos acordos de PLR. "Demorou um pouco, mas não deixa de ser uma notícia positiva para os trabalhadores. Com certeza, é mais renda no bolso."


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revista na Constituição de 1988, a PLR só virou lei em 2010.


Fonte: Rede Brasil Atual 

 

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