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FMI mantém crescimento global em 3,5% em 2015 e prevê alta em 2016


O crescimento global continuará "moderado" em 2015, com 3,5% de alta do PIB do mundo neste ano, segundo relatório do Panorama Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça (14). Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório. A seca brasileira é incluída como uma das razões para o baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras". A Índia ultrapassará a China neste ano entre os maiores emergentes com a maior alta do PIB (+7,5% estimado para a Índia, +6,8% para a China). O relatório é divulgado dias antes da reunião de ministros da Economia e presidentes de todos os Bancos Centrais do mundo, que se reúnem em Washington de quinta (16) a domingo (19) para os "encontros da primavera" do FMI e do Banco Mundial. Entre as várias razões apontadas pelo Fundo para o tal crescimento moderado nos países mais ricos, estão os "legados" da crise econômica mundial iniciada em 2008, inflação muito baixa nesses países, com pouca margem para afrouxar a política monetária; envelhecimento da população e queda na produtividade. Os países ricos, entretanto, seriam beneficiados pela queda no preço do petróleo. Já em relação aos emergentes, os problemas são variados. Na China, para reduzir as vulnerabilidades causadas por anos de crédito fácil e excesso de investimento, as autoridades estão "desacelerando o investimento, especialmente imobiliário". Na Rússia, a queda do preço do petróleo e "tensões geopolíticas". Nos demais emergentes, a redução dos preços das commodities afeta exportações de minerais e produtos agrícolas. Os emergentes devem ter um ano melhor em 2016, empurrando o crescimento global para cima, a 3,8% em média, segundo o Fundo. Entre os ricos, há boas notícias. Os EUA estão crescendo acima do previsto desde o semestre passado e devem crescer acima dos 3% ao ano em 2015 e 2016 graças ao baixo preço do petróleo, o relaxamento do ajuste fiscal e o maior consumo doméstico. A má notícia é a redução da competitividade de certas exportações pela alta do dólar. Os europeus também terão um ano melhor, com euro mais barato (e competitivo), petróleo mais barato e juros baixos. Alemanha, Espanha e Itália são destacados como tendo maiores sinais de recuperação. Pelos mesmos motivos, incluído o de moeda mais competitiva, o Japão deve se recuperar este ano. Em nota mais cautelosa, o Fundo lembra que ainda há "bancos muito frágeis" e "altos níveis de endividamento" entre as economias mais avançadas.



Fonte: Bem Paraná, 15 de abril de 2015

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