Imprimir

Mineradora promete que metade da sua mão de obra será feminina

 

  23.jun.2010/AFP  
Mina de minério de ferro da gigante anglo-australiana de mineração BHP Billiton, em Newman (Austrália). A mineradora BHP Billiton planeja cortar os gastos em 25% de 2013. *** (FILES) This file handout photo taken and released in 2010 shows Anglo-Australian mining giant BHP Billiton's Mount Newman iron ore mine in Western Australia. Mining giant BHP Billiton said on December 10, 2013 it plans to cut spending by 25 percent this year and focus on its flagship operations as soft prices and extra supply squeeze resources firms. AFP PHOTO / FILES / BHP Billiton ----EDITORS NOTE---- RESTRICTED TO EDITORIAL USE MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / BHP Billiton" NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Mina de minério de ferro da BHP Billiton em Newman, na Austrália

DO 'FINANCIAL TIMES'

 

 

A anglo-australiana BHP Billiton se tornou a primeira grande mineradora mundial a adotar uma meta de ter metade de sua mão de obra composta por mulheres até 2025.

A medida chama a atenção porque o setor é famoso pela falta de representatividade feminina, até mesmo nos conselhos de direção. Um estudo de 2015, com 500 mineradoras, mostrou que 8% dos diretores nos conselhos eram mulheres –a brasileira Vale não tem nenhuma, de acordo com o levantamento.

Na BHP, as mulheres representam atualmente 17,6% da sua mão de obra –elas são 18,5% na rival e também anglo-australiana Rio Tinto.

A mineradora, que é parceira da Vale na Samarco (responsável pela barragem que rompeu na cidade mineira de Mariana), afirmou que decidiu ir contra a tendência do setor –e estabelecer uma meta ambiciosa– porque "chegou a hora de termos uma conversa diferente".

"Se continuássemos no ritmo anual, levaríamos mais 30 anos para a participação feminina alcançar 30%", disse Athalie Williams, diretora de pessoal da companhia.

Mais importante, segundo Williams, é que o objetivo faz sentido para os negócios.

Levantamento feito pela BHP em suas diversas operações mostrou que ambientes com maior diversidade são mais bem-sucedidos, não só em termos de produtividade mas também de segurança.

Com esses dados de sucesso na mão, o conselho da empresa mostrou pouca resistência em acelerar os esforços pela diversidade.

E o caso da BHP não é único. Estudo da consultoria McKinsey indicou que as empresas europeia com maior diversidade de gênero têm 15% de chance de obter um retorno financeiro superior ao da mediana das suas respectivas indústrias nacionais.

 

"A correlação indica que empresas que se comprometem a diversificar a liderança são mais bem-sucedidas", diz Emma Gibbs, da McKinsey. 

Fonte: Folha de S.Paulo, 23 de outubro de 2016.

 

 

Rua Doutor Faivre, 888 - Centro - Cep. 80060-140 | Curitiba - Paraná | Brasil
Fone: (41) 3264-4211 - Fax: (41) 3264-4292 | Email: fetraconspar@fetraconspar.org.br