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Indústria do PR retrai 1,7% e cria 48% menos empregos

Além de automóveis, os produtos alimentícios e móveis foram os principais responsáveis pela queda

 

Arquivo FOLHA
O segmento que mais contribuiu negativamente para a redução
da produção industrial foi o deveículos e implementos rodoviários
 

Assim como em todo o País, a indústria paranaense passa por um momento difícil. A produção física, de janeiro a maio deste ano, caiu 1,7% no Estado, na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda é discretamente maior que a média nacional, de 1,6%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

Das 13 atividades pesquisadas pelo instituto no Paraná, oito apresentaram retração. O segmento que mais contribuiu negativamente foi o de veículos e implementos rodoviários (- 8,1%). Em seguida, vem o de produtos alimentícios, que caiu 7,9%. As fábricas de móveis produziram 7,1% menos, e as de máquinas e equipamentos, 6,3% menos. Os outros segmentos responsáveis pela retração foram o de celulose, papel e produtos de papel (-3,5%); o de produtos químicos (-2,8%); e o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,3%). 

 

Apenas cinco atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram aumento de produção física. A de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos) subiu 1,6%. A de produtos de borracha e plástico cresceu 5,2%. A fabricação de produtos de madeira aumentou 6,4% e a dos derivados de petróleo e biocombustíveis, 8,8%. Os segmentos que mais apresentaram expansão foram bebidas (8,8%) e produtos minerais não metálicos (10%). 

 

Outro indicador importante para medir a queda da produção industrial é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No primeiro semestre deste ano, foram criados 12.591 empregos no setor, no Paraná, 48% menos que os 24.436 do mesmo período do ano passado. Dos 12 subsetores da indústria de transformação paranaense pesquisados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nove abriram menos vagas. E três cortaram vagas. 

 

A indústria do material de transporte havia criado 1.502 empregos nos primeiros seis meses de 2013. E, neste ano, cortou 1.023. Na metalúrgica, o Caged saiu de um saldo positivo de 1.705 empregos para outro negativo de 521. Por último, a indústria de material elétrico e de comunicações, que já havia cortado 116 vagas de janeiro a junho de 2013, neste ano cortou outras 283.

 

Indústria Têxtil, indústria química de produtos farmacêuticos e veterinários, e indústria mecânica foram atividades que criaram menos vagas, mas ainda mantiveram saldo positivo entre admissões e demissões. A primeira criou 4.549 postos no primeiro semestre do ano passado e agora abriu apenas 1.818. A química de produtos farmacêuticos e veterinárias baixou de 3.820 pra 1.377 vagas. E a mecânica, de 2.150 para 652. 

 

Já a de bebidas, que segundo o IBGE teve um aumento de 8,8% na produção neste ano, criou mais vagas. De janeiro a junho de 2013, o segmento apresentou um saldo positivo de 6.656 e, no mesmo período de 2014, o saldo foi de 7.325. 

 

Segundo André Luiz Oliveira Macedo, gerente de Análise e Estatísticas Derivadas da Coordenação de Indústria do IBGE, 68% dos produtos investigados na indústria alimentícia do Paraná mostraram queda na produção física no período de janeiro a maio deste ano, comparado com o mesmo do ano passado. Os mais significativos, segundo ele, foram tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja; óleo de soja refinado; carnes e miudezas de aves congeladas; rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais; chá-mate beneficiado; e açúcar.

 

Fonte: Folha de Londrina, 28 de julho de 2014

 

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