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Jovens demoram mais a procurar trabalho

Uma das tendências confirmadas pela Pnad Contínua é de que o jovem brasileiro vem demorando mais a entrar no mercado do trabalho. O nível de ocupação da faixa de 14 a 17 anos caiu no País de 18,5%, no primeiro trimestre de 2012, para 17% no último trimestre do ano passado. A média da Região Sul saiu de 25,2% para 23,3% nesta faixa etária. 


Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Sandro Silva, esta é uma boa notícia. "Mostra que não há tanta necessidade desse membro da família sair para trabalhar. Nos anos 90, com o desemprego elevado e queda na renda, as pessoas perdiam o emprego e um jovem da família se via forçado a entrar no mercado precocemente", avalia. 


Na outra ponta, os idosos (com 60 anos ou mais) mantiveram um nível de ocupação estável no Brasil. O índice era de 22,2% no primeiro trimestre de 2012 e chegou a 22,1% no último trimestre do ano passado. A média do Sul teve uma variação um pouco maior, de 21,7% para 22,3%. 

A pesquisa também mostra importantes diferenças regionais. No último trimestre de 2013, a taxa de ocupação variou de 73,4%, no Norte do País, a 81,9% no Sudeste. O Sul teve a segunda melhor taxa do período, de 81,8%, o Centro-Oeste, com 79,3% veio em terceiro, e o Nordeste em quarto, com 77,5%. 

No último trimestre de 2013, a população ocupada era composta por 69,6% de empregados, 4,1% de empregadores, 23,2% de pessoas que trabalharam por conta própria e 3,1% de trabalhadores familiares auxiliares. 

Cancelada
A próxima divulgação da Pnad Contínua, que estava prevista para o dia 3 de junho, foi cancelada. A pesquisa só voltará a ser divulgada em 6 de janeiro do ano que vem devido a um pedido de revisão de metodologia feita por senadores. O objetivo da revisão é adequar os dados às exigências previstas na Lei Complementar número 143, de 2013, que define o dado sobre a renda domiciliar per capita como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados. Os senadores temem que algum estado seja prejudicado no repasse de verbas por esse critério. (N.B.)

 

Fonte: Folha de Londrina, 11 de abril de 2014

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