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Construção Civil quer atrair jovens

A falta de mão de obra para atender à demanda do setor abre novas vagas e muda o perfil dos trabalhadores


Ricardo Chicarelli/20-07-2012

O reforço da tecnologia tem facilitado o trabalho nos canteiros de obras,
jovens e mulheres entram para o cenário


 

Edifícios comerciais e residênciais, condomínios horizontais ou ainda casas convencionais. É cada vez maior o número de empreendimentos no setor da construção civil e para dar conta de tudo isso cresce o número de trabalhadores no setor. Mas quem são essas pessoas? E o que o mercado tem a oferecer a elas? 


O Secretário Financeiro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Curitiba e Região Metropolitana (Sintracon), David Pereira de Vasconcelos, informa que em geral este é um mercado dominado por homens, embora o número de mulheres nos canteiros de obras e escritórios venha crescendo nos últimos anos. 

No Paraná estima-se que a classe compreenda de 400 a 500 mil trabalhadores com idades entre 28 e 55 anos. Hoje, em Curitiba o piso de servente é de R$ 1.152, já o profissional (pedreiro, carpinteiro, armador e encanador, etc), R$ 1.524 e o do mestre de obra R$ 2.505. A variação destes valores nos demais municípios do Estado, segundo Vasconcelos, é pequena. 

O sindicalista afirma que o setor enfrenta atualmente falta de mão de obra, principalmente qualificada. Em sua avaliação, as obras realizadas no Estado podem absorver até 1 milhão de trabalhadores. Para solucionar o deficit ele aponta ser necessário investir em melhores condições de trabalho, salários e na capacitação de jovens interessados na atividade. ''A construção civil envelheceu, o serviço é muito pesado e o salário não é tão compensador. A tecnologia tem deixado o trabalho menos pesado, mas ainda precisamos de mais ações'', argumenta 

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon/Norte-Pr), Gerson Guariente Junior também vê nos jovens a possibilidade de suprir à demanda do setor no Estado. Segundo ele, nos últimos 15 anos, estão sendo adotadas medida para a atrair essa mão de obra. As construções estão ganhando o reforço de máquinas facilitam o trabalho, além de canteiros apresentando melhores condições aos trabalhadores, como refeitório e vestiários. 

Outra ferramenta de atração considerada por Guariente é aproveitar que os jovens estão tendo um acesso maior à educação. ''Precisamos aproveitar estas oportunidades e incentivá-los a buscar qualificação''. 

O sindicato, segundo ele, busca realizar cursos de formação e atualização para os trabalhadores em diversas áreas como a de pedreiro, encanador, pintor e azulejista, com duração média de 4 meses há 1 ano. E acrescenta que até mesmo as faculdades e as empresas necessitam mudar o seu perfil. ''Esse novo trabalhador é um ser diferente, com ambições diferentes e que precisa ser treinado de um modo diferente'', avalia. 

Serviço: Interessados em saber mais sobre os cursos ofertados pelo Sinduscon podem ligar (43) 3327-6777



Fonte: Folha de Londrina, 24 de setembro de 2012


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