Paulo Paim também reclamou do excesso de medidas provisórias editadas pelo governo, que são modificadas pelo Congresso, vetadas pela presidente da República, que em seguida envia seus vetos para o Congresso, em um círculo vicioso.
- Nós reclamamos tanto do Executivo, mas o Congresso tem que cumprir a sua parte também. Temos quase trinta medidas provisórias e trinta vetos para serem votados. A responsabilidade é nossa, queiramos ou não, embora a medida provisória seja de responsabilidade do Executivo - disse o senador.
Paim lembrou que, quando os constituintes aprovaram a medida provisória, esperam que o plebiscito sobre o sistemas de governo iria provar o parlamentarismo, com o qual este instrumento se coaduna. Ele acrescentou que nesta semana assinou uma iniciativa da maioria dos Senadores para que seja revisto esse instituto.
- Estamos em um momento em que o Executivo começa a assumir o papel do legislador, porque ele encaminha a medida provisória e veta as matérias de iniciativa do Congresso E nós não apreciamos os vetos - disse o senador.
O parlamentar mencionou ainda a Agenda Brasil, lançada pelo presidente do Sendo, Renan Calheiros, alertando para o fato de que, se os temas ali listados não forem apreciados em 20 ou 30 dias, a proposta "cai de novo no descrédito".
Agência Senado, 22 de agosto de 2015
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