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Atos da sexta defendem conteúdo nacional

Convocado pelas Centrais CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas, milhares de trabalhadores voltam às ruas sexta (25) no Dia Nacional de Luta e Paralisação em Defesa dos Direitos. As manifestações devem paralisar locais de trabalho e fazer atos em diversos pontos do País.

Em São Paulo, haverá assembleias e paralisações em fábricas, protesto em frente à Superintendência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na região central, contra a reforma da Previdência. Além das manifestações em defesa dos direitos, Centrais e Sindicatos, Confederações e Federações dos segmentos metalúrgico e químico promovem ato em frente ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na Zona Sul da Capital.

O objetivo é cobrar a manutenção do chamado “conteúdo local” nas encomendas do governo, com valorização da produção nacional e não dos importados. A medida propicia geração de emprego e renda, investimentos em tecnologia e outros benefícios ao nosso País.

Na manhã do dia (22), sindicalistas de ambas as categorias realizaram panfletagem no Masp, região central de São Paulo, para reforçar a convocação dos atos de sexta e denunciar como a desnacionalização da indústria afeta a economia brasileira e fecha postos de trabalho.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM/Força Sindical, Miguel Torres, falou com a Agência Sindical. “Desde 2003, o BNDES só concedia crédito mediante a exigência de que parte do material utilizado na produção fosse nacional. Isso não apenas fomenta a indústria local, como gera postos de trabalho”, explica.

“Ao abrir mão dessa exigência, o governo comete um crime conta a indústria, que é um dos setores que mais empregam e com qualidade, turbinando o desemprego num momento crítico de nossa economia. A categoria vai se mobilizar contra essa ameaça”, afirma.

Químicos - Sérgio Luiz Leite (Serginho), presidente da Federação dos Químicos e 1º Secretário da Força, explica que a Federação vem mobilizando a categoria em todo o Estado contra os ataques aos direitos trabalhistas e a desnacionalização. “Quando o BNDES abre mão do conteúdo nacional, está promovendo o desemprego em nossa cadeia produtiva, afetando muito os setores químico e metalúrgico”, diz.

São José dos Campos - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Conlutas) também está convocando a base para as manifestações na região. Segundo Luiz Carlos Prates (Mancha), cerca de 15 mil metalúrgicos serão mobilizados durante os protestos.

“A desnacionalização vem se dando de duas formas: por meio da importação de componentes e pela desnacionalização da produção. Aqui na região, o principal exemplo é a Embraer que, com dinheiro do BNDES, passou a produzir seus aviões nos EUA, China e Portugal”, denuncia.





Fonte: Agência Sindical, 24 de novembro de 2016



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