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Nova diretoria do BNDES já indicou 15 conselheiros independentes

A BNDESPar, empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), indicou 15 membros para conselhos de administração de empresas nas quais tem assento desde junho, segundo a diretora de Mercado de Capitais da instituição de fomento, Eliane Lustosa. As indicações se derem no âmbito da política de governança introduzida pela nova diretoria do BNDES. Agora, os conselheiros indicados pelo banco serão independentes e não poderão ser funcionários do BNDES.


De acordo com a executiva, a BNDESPar pretende chegar à época das assembleias ordinárias de acionistas, em abril de 2017, com conselheiros independentes indicados ou à espera de validação nas cerca de 40 empresas nas quais tem assento, entre abertas e fechadas.


“Definimos critérios objetivos para indicar conselheiros independentes para representar o banco nas empresas investidas. É um conceito de um ciclo virtuoso dentro da governança”, disse Eliane, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.”Ao fazer o monitoramento das empresas investidas, a consequência seguinte é influenciar o mercado de capitais”, completou.


Foram indicados conselheiros para companhias como Vale, JBS, Eletrobras e Fibria. Segundo Eliane, o banco de fomento vai discutir a indicação de um conselheiro para a Petrobras, mas isso não é urgente e não necessariamente haverá indicação, porque a estatal tem um “conselho dos sonhos”.


Segundo Eliane, os conselheiros estão sendo escolhidos em função das necessidades de cada empresa. Um perfil que vale para todos é ter conhecimento sobre processos de governança corporativa. “Vamos fazer a avaliação dos conselheiros independentes”, disse a diretora do BNDES.


Dentro da nova política de governança corporativa, o BNDES está reforçando seu apoio à reforma do Novo Mercado, em discussão pela BM&FBovespa, disse Eliane. O tema será discutido em seminário nesta sexta-feira, 11, na sede do BNDES, no Rio. Para a diretora, a reforma não precisa incorporar todas as mudanças propostas, mas alguns pontos são destaque, como a divulgação da remuneração de executivos.

Além disso, a executiva informou que a nova política e as práticas que devem ser adotadas pelos conselheiros indicados pela BNDESPar serão descritas num código de conduta. A meta é divulgar esse código no início do próximo ano, permitindo aos acionistas minoritários avaliarem se a conduta do BNDES está de acordo com os preceitos.




Fonte: Tribuna do Paraná / Estadão Conteúdo, 11 de novembro de 2016.

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