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Trabalhadores fazem protesto forte

O Dia Nacional de Lutas, Paralisações e Protestos, organizado por CUT, Força Sindical, Nova Central, CTB, UGT, Conlutas, CGTB e Intersindical mobilizou trabalhadores em todas as regiões do País. Os atos tiveram formatos diferenciados e nem sempre mostraram afinação nos discursos dos dirigentes. Porém, foram marcados pela forte participação das categorias profissionais, como metalúrgicos, químicos, rodoviários e servidores, entre outras.

Em São Paulo (Capital), ocorreram manifestações nos locais de trabalho pela manhã, além de atos em frente à Superintendência do INSS na sede local do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - este por mais investimentos no setor produtivo e reforço à exigência de conteúdo local na liberação de créditos.

Ações - Em São José dos Campos e Jacareí, metalúrgicos de oito fábricas - General Motors, TI Automotive, Ericsson, Gerdau, Parker Filtros, Hitachi, Avibras e Latecoere - realizaram protestos contra as reformas neoliberais de Temer. Na região, além dos metalúrgicos também houve mobilizações, entre outros, de petroleiros, servidores municipais, químicos e vidreiros.

Em Osasco, mais de cinco mil metalúrgicos participaram das manifestações ao parar por pelo menos uma hora a produção de 15 fábricas.

Em Guarulhos, mais de mil trabalhadores foram mobilizados no protesto comandado pelo Sindicato dos metalúrgicos em cinco fábricas: Gecede, Securit, Sky Master, HRM e Roll-For. Os Servidores também realizaram manifestação no terminal de transporte coletivo do Bairro São João, entregando panfletos para conscientizar a população sobre as maldades das reformas e da PEC 55.

Avaliações - O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, considerou o saldo das manifestações positivo. “É um dia importante, de esquenta. Estamos começando uma mobilização grande em defesa dos direitos e da Previdência Social. Estamos aqui pra dizer que queremos ajudar ao Brasil a sair da crise e melhorar a economia. Não queremos pagar a conta da crise”, afirma. 

Ricardo Patah, presidente da UGT, cobrou diálogo sobre medidas que atingem os trabalhadores. “Não podemos ter reformas açodadas, como está ocorrendo com a PEC 241, que o trator passou na Câmara e, agora, que virou PEC 55, querem passar o trator de novo no Senado”, diz. 

Greve geral - O metalúrgico e dirigente nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, vê crescer nas bases o sentimento pró-greve geral. “Se as direções das Centrais apontarem para uma paralisação geral, a base trabalhadora vai apoiar. As reformas, em si, já são uma violência, ainda mais vindas de um governo golpista e de um Congresso desgastado”, frisa.

Para Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi um dia importante de luta contra as reformas, a retirada de direitos e o aumento na idade da aposentadoria. “A classe trabalhadora precisa estar unida para enfrentar esses ataques. Além disso, encerrar as manifestações no BNDES é importante, porque o desrespeito ao conteúdo local nos contratos de financiamento trará prejuízos para os trabalhadores e para a economia nacional”, aponta. 

Rio - A opinião é compartilhada por Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM. Ele ressalta: “A defesa do conteúdo nacional é primordial manter os postos de trabalho, principalmente em um momento de crise e forte desemprego”. Miguel adianta que o próximo passo é um ato no Rio de Janeiro, onde fica a sede nacional do BNDES.




Fonte: Agência Sindical, 28 de novembro de 2016


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