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Protestos dos trabalhadores se fortalecem a cada ofensiva a direitos

Governo Federal, Judiciário e legislativo tem colocado à prova a resistência dos trabalhadores. A resposta é mais um dia de luta, paralisações e protestos que acontecerá nesta sexta-feira (25) em ato unificado das centrais sindicais por todo o Brasil. Na berlinda as reformas da Previdência, trabalhista e a Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 55. Em São Paulo, dirigentes nacionais realizam ato às 11h, em frente ao prédio do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

Por Railídia Carvalho

 

 

“A semana foi muito difícil. Acho que isso (a dificuldade) vai dar um gás para os trabalhadores. Serve de combustível para as mobilizações futuras. Estão em uma ofensiva muito grande”, declarou Onofre Gonçalves, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de São Paulo (CTB-SP).

O dirigente se referiu à terceirização da atividade-fim, que retornou ao Congresso Nacional em etapa conclusiva nas últimas semanas através do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30 no Senado e à recuperação na Câmara do Projeto de Lei (PL) 4302/98. Após pressão das centrais, o trâmite de ambas as iniciativas vai aguardar o relatório do senador Paulo Paim (PT-RS).

“(O PL 4302) Foi uma manobra contra a classe trabalhadora. E os trabalhadores devem dar uma resposta contundente. Todos esses projetos que querem colocar a conta da crise nas costas do trabalhador têm que ser esclarecidos na base, nas portas de fábrica, nos atos”, enfatizou Onofre.


O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, explicou que é consenso entre as centrais a rejeição à atividade-fim. “O que nós defendemos é a regulamentação da terceirização. São 12 milhões de trabalhadores que precisam ter seus direitos respeitados. Os atos que estamos fazendo em defesa dos direitos são o momento de colocarmos esse debate para os trabalhadores”, afirmou Juruna.


Ele confirmou que a orientação para esta sexta-feira é que os sindicatos realizem atividades no local de trabalho. Também estão previstas paralisações de uma hora entre os metalúrgicos e trabalhadores da construção civil. “O desemprego que vivemos hoje nos joga pra trás por isso é bom que os trabalhadores visualizem os representantes. É preciso fortalecer a luta em defesa dos direitos”, completou.

Mesmo sem propostas formais sobre as reformas da previdência ou a trabalhista, o governo Temer conseguiu unificar as centrais contra essas bandeiras, que na opinião das entidades retiram direitos. Nesta sexta-feira, as centrais também protestam contra a PEC 55, que, ao congelar recursos da educação e saúde por 20 anos, retira verba dessas áreas, o que poderá promover um desmonte irreparável.


Na opinião do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, o trabalhador começa a perceber o prejuízo que as medidas de Temer podem trazer. “O trabalhador vai aos poucos aderindo aos protestos promovidos pelas centrais, que unidas em torno da pauta trabalhista fortalecem a agenda de lutas”, finalizou.



SERVIÇO
Ato político do Dia Nacional de Lutas manifestações e paralisações
Dia: 25 de novembro
Hora: 11h
Local:  Prédio da Superintendência Regional do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) – Viaduto Santa Ifigênia, 266





Fonte: Vermelho, 25 de novembro de 2016




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