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Falta de concorrência explica alta de juros no Brasil

Dentre os vários fatores que podem explicar o porquê de o Brasil ter taxas de juros tão altas ao consumidor no cartão de crédito em relação a seis países da América Latina, a mais plausível é a falta de concorrência entre as instituições financeiras.


A opinião é da economista da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e responsável pelo levantamento sobre juros no cartão em países da América Latina, Renata Pedro. “Aqui, as instituições cobram o que querem. Não há justificativa para taxas tão elevadas.”


Nas instituições, os argumentos variam do risco de inadimplência aos penduricalhos que elevam o custo dos bancos, como a carga tributária.


Segundo dados do Banco Central (BC), a taxa de inadimplência do rotativo do cartão de crédito, em atrasos de 15 a 90 dias, estava em 15,7% em setembro – 2,3 pontos porcentuais menor que em igual período do ano passado. No ano, entretanto, houve uma alta de 0,3 ponto porcentual. Nesse mesmo período, o uso do rotativo do cartão subiu 17,4% em 12 meses e 12,8% no ano.



Diferenças


Na avaliação da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a análise comparativa de cartões precisa levar em conta a forma como o produto é usado em cada país.


Enquanto no Brasil há o parcelamento sem juros no cartão de crédito, nos outros países, esse tipo de transação é a menor parte, e as pessoas usam o crédito rotativo para financiar suas compras.


Para Renata, no entanto, a “invenção” do pagamento mínimo que existe no Brasil é uma armadilha que induz o consumidor a entrar na dívida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Fonte: Tribuna do Paraná / Estadão Conteúdo, 17 de novembro de 2016.

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