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Editorial Gazeta do Povo: A mensagem do “não voto”

Se mesmo no primeiro turno, quando há mais opções, parte expressiva do eleitorado não está escolhendo ninguém, temos um sinal de um profundo desânimo em localizar quem mereça voto



No Brasil, o voto é obrigatório, mas ao eleitor é facultado o direito de fazer a escolha que quiser, seja entre os candidatos, seja optando por votar em branco ou anular. Se o voto é um dever previsto em lei e desobedecê-lo acarreta punições, indiscutível, legítimo e legal é também o direito dado ao eleitor de preferir o que se tem chamado de “não voto”, isto é, a decisão de não aceitar nenhum dos nomes e preferir – não importa a causa – justificar a ausência ou registrar seu descontentamento utilizando-se das possibilidades presentes na própria urna eletrônica: o branco e o nulo.


No segundo turno das eleições municipais, realizadas em 57 cidades brasileiras no último domingo de outubro, repetiu-se a incontestável realidade de que há uma multidão de eleitores insatisfeita com “o que aí está”. Desta vez, mais de um quinto dos cidadãos aptos a votar não escolheu nenhum candidato, somando-se aos nulos e brancos também os que simplesmente se abstiveram, procurando um local de votação fora de seu domicílio eleitoral para preencher um formulário de justificativa. No dia 30, o “não voto” em Curitiba superou a votação de Ney Leprevost (PSD) e, no Rio de Janeiro, bateu até mesmo o vencedor, Marcelo Crivella (PRB).


No Brasil, o voto é obrigatório, mas ao eleitor é facultado o direito de fazer a escolha que quiser, seja entre os candidatos, seja optando por votar em branco ou anular. Se o voto é um dever previsto em lei e desobedecê-lo acarreta punições, indiscutível, legítimo e legal é também o direito dado ao eleitor de preferir o que se tem chamado de “não voto”, isto é, a decisão de não aceitar nenhum dos nomes e preferir – não importa a causa – justificar a ausência ou registrar seu descontentamento utilizando-se das possibilidades presentes na própria urna eletrônica: o branco e o nulo.


No segundo turno das eleições municipais, realizadas em 57 cidades brasileiras no último domingo de outubro, repetiu-se a incontestável realidade de que há uma multidão de eleitores insatisfeita com “o que aí está”. Desta vez, mais de um quinto dos cidadãos aptos a votar não escolheu nenhum candidato, somando-se aos nulos e brancos também os que simplesmente se abstiveram, procurando um local de votação fora de seu domicílio eleitoral para preencher um formulário de justificativa. No dia 30, o “não voto” em Curitiba superou a votação de Ney Leprevost (PSD) e, no Rio de Janeiro, bateu até mesmo o vencedor, Marcelo Crivella (PRB).




Fonte: Gazeta do Povo, 7 de novembro de 2016.

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