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Impressão 3D é solução para problemas habitacionais, defende empresária

O uso da tecnologia de impressões 3D pode ser a solução para problemas habitacionais, podendo reduzir o volume de habitações consideradas em condições “sub-humanas”. É o que defende a empresária Anielle Guedes, proprietária da startup Urban 3D, que produz casas através dessa técnica. A empresária é uma das palestrantes do fórum Inovação e Desempenho em Habitação de Interesse Social no âmbito da COMAT (Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade), que acontece durante o 88o. Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em Foz do Iguaçu (PR).


O encontro é promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com realização do Sinduscon Paraná-Oeste. Durante o evento, os debates promovidos pelas Comissões Técnicas da CBIC são correalizados com o SENAI Nacional.


Anielle explicou que o seu interesse pela área surgiu da observação de sua cidade natal, São Paulo, que convive com problemas de habitação desordenada.


Dessa forma, ela buscou adaptar a técnica para tentar resolver questões como essa, tanto no âmbito regional quando global. Entre os avanços proporcionados pela técnica, ela citou que preço, velocidade e desperdício tem ganhos de até 10 vezes ao usar esse modelo.


“Se continuarmos construindo como hoje, na velocidade de hoje, em 15 anos teremos metade das crianças do mundo morando em favelas”, afirmou, citando dados tornados públicos na última reunião do Fórum de Davos, na Suíça, onde os principais governos e grandes empresários se reúnem anualmente para debater questões econômicas.


A ideia base da impressão 3D é que tudo que se pode desenhar digitalmente, pode ser construído através dessas impressoras. “Dá até para fazer revestimentos com o que chamamos de complexidade infinita”, detalhou.


Após uma apresentação de meia hora, Anielle debateu a tecnologia com nomes consagrados da indústria da construção civil, como o presidente do Sinduscon-BA (Sindicato da Indústria de Construção Civil), Carlos Henrique de Oliveira Passos. Executivo no ramo, ele destacou que a técnica traz muito interesse no setor. “Se ela está na ponta da tecnologia, nós estamos no pé”, comparou.


Segundo ele, a proposta de construir casas de interesse social é importante não apenas para São Paulo, mas para praticamente todas as cidades grandes do país. “Me preocupa muito essa questão do crescimento da sub habitação. Salvador, além dos problemas da habitação em si, convivemos com o relevo do solo”, destacou.


Já o presidente do Sinduscon-SP, Ronaldo Cury, também destacou que é importante melhorar a tecnologia usada hoje no país. “No Brasil hoje, a tecnologia mais barata ainda é a mesma usada por egípcios, a alvenaria estrutural”, comparou.


“Temos que usar a tecnologia para resolver problemas. Queremos conectar ela com os problemas reais da população, como da construção civil”, concluiu Anielle.




Fonte:
CBIC, 13 de maio de 2016.

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