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De olho em 2014, tucanos se aproximam de centrais para criar braço sindical

Oposição


“A grande luta é trazer um expressivo número de
sindicalistas para o PSDB para fazer política.” 
Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB

De olho nas eleições presidenciais de 2014, o PSDB busca se aproximar das centrais sindicais na tentativa de ganhar espaço no berço político do rival PT. O partido promete criar até o final de novembro uma Secretaria Nacional Sindical. A estratégia começou em São Paulo e em Minas Ge­­­­rais, principais redutos tucanos no país.


A direção da legenda afirmou que pretende estendê-la para outros estados, como o Paraná. Na avaliação dos tucanos, sem o apoio das centrais sindicais, o partido terá dificuldades em derrotar o PT na sucessão de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. “O PSDB quer ser um partido plural ligado à sociedade”, afirmou o presidente do legenda, deputado Sérgio Guerra (PE).


De acordo com Guerra, há uma orientação a todos os diretórios estaduais para que seja dado mais espaço aos sindicatos nas decisões do partido. “A grande luta é trazer um expressivo número de sindicalistas para o PSDB para fazer política”, disse.


O movimento que aproxima a legenda dos sindicalistas foi encabeçado pela Força Sindical de Minas e seguido pela Nova Central Sindical e a União Geral dos Trabalhadores.


Os tucanos definiram a Força Sindical como a parceira ideal para esse projeto. A central abriga cerca de 1,7 mil sindicatos em todo o país. “Se quisermos fazer o próximo presidente da República, em 2014, nós vamos ter de conquistar o movimento sindical”, avalia o vice-presidente da Força Sindical, Antonio de Sousa Ramalho. Filiado ao PSDB, Ramalho é o encarregado de coordenar esta nova estrutura.


Para ele, se aproximando de bases sindicais, o PSDB retorna “às suas origens social-democratas de sua fundação”. Mas Ramalho acha que será preciso tornar a linguagem mais palatável para os trabalhadores. Ele acredita que o partido poderá cooptar uma parte significativa de lideranças sindicais, inclusive nomes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligados historicamente ao PT. Esses líderes, na opinião dele, estariam decepcionados com os governo de Dilma e Lula por não cumprirem promessas de reforma sindical e na estrutura trabalhista nacional.


Para o professor de Ciência Política Malco Camargos, da PUC de Minas Gerais, os tucanos vão conseguir atrair a Força Sindical, pois a central está à margem das decisões do governo federal. “O PSDB estaria tentando ocupar o espaço vazio que possa garantir base eleitoral às eleições presidenciais”, avalia. Para ele, há um oportunismo na aproximação após a presidente Dilma Rousseff ter enfrentado problemas com as centrais sindicais no início de seu governo, em especial durante a votação do reajuste do salário mínimo.


Estratégia


A criação do núcleo sindical tucano iniciada em São Paulo e consolidada em Minas, deve seguir para outros seis estados em que o PSDB governa: Alagoas, Goiás, Paraná, Pará, Roraima e Tocantins. A reportagem procurou o presidente da Força Sindical no Paraná, Sérgio Butka, mas ele não foi encontrado.


Fonte: Gazeta do Povo, 31 de agosto de 2011


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