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Sem crédito, perspectiva de consumo segue em baixa no PR


Indicador da Fecomércio aponta para queda nas compras e período de recessão no Estado, apesar de permanecer acima da média nacional


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio) registrou mais uma queda no indicador que apura a intenção de consumo das famílias no Estado. Segundo o levantamento com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de 0,5 ponto em fevereiro, em relação ao mês anterior, e o indicador atual é de 90,6 pontos. Já no comparativo com o mesmo período de 2015, o número caiu 29%. Apesar da queda, o Paraná ainda permanece com indicador de consumo acima da média nacional, que é de 78,7 pontos. 

De acordo com o diretor de planejamento e gestão da Fecomércio, Rodrigo Rosalem, quando o indicador, formado por sete áreas pesquisadas, fica com a média abaixo dos 100 pontos aponta para recessão. Entre os números que puxaram o indicador paranaense, o item "perspectiva de consumo" sofreu uma queda de 70% no último ano e terminou fevereiro com 28,4 pontos, abaixo do índice nacional, que é de 63 pontos. "Cerca de 82% dos paranaenses acreditam que vão gastar menos nos próximos meses. Isso é radicalmente preocupante e puxou para baixo o indicador de consumo no Estado", comentou. 

O acesso ao crédito, necessário para estimular o consumo, também sofreu redução no comparativo com o mês de fevereiro de 2015. Conforme os dados da Fecomércio, a variação anual caiu aproximadamente 42%. "As altas taxas de juros e a própria dificuldade na comprovação da renda impedem o acesso ao crédito, o que impacta no setor comercial", explicou. 

RENDA

Rosalem lembrou que os dados ainda revelam que a insegurança no emprego é mais acentuada entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, em que 32,4% acreditam estar mais seguras em relação aos postos de trabalho. Já nas classes A e B, a segurança no emprego aparece em 38,5% das respostas. "As classes com menores rendas são as mais afetadas pela crise. Quando ocorrem cortes em empresas e indústrias, o ajuste começa pela redução dos empregos com menores salários. Esse público utiliza a renda para pagamento do essencial e quando deixa de consumir outros serviços e produtos, acaba influenciando o comércio por causa do volume de consumidores", avaliou. 

O diretor afirmou que o empresário deve trabalhar pela "sobrevivência" durante a crise sem perder oportunidades para se diferenciar no mercado. "Manter-se vivo para não quebrar é o primeiro objetivo neste momento de dificuldade. Mas, um mercado grande ainda existe e o empresário deve procurar formas de apresentar o produto ou serviço diferenciado para atrair o consumidor. Além disso, é preciso gerir o negócio para manter a lucratividade com redução de custos", orientou. 

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