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Paraná fica abaixo da média nacional em recolocação

Emprego


A proporção entre os trabalhadores paranaenses inscritos no Sistema Nacional do Emprego (Sine) e aqueles que efetivamente conseguiram uma nova vaga de trabalho pelo programa caiu de 22,4%, em 2009 para 21%, em 2010. Com a queda, os números do estado ficaram abaixo dos nacionais, que no mesmo período passaram de 20,7% para 25,2%. Os dados são do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, apresentado ontem, em Curitiba, e elaborado pelo Departa­mento Intersindical de Estatís­tica e Estudos Socioeco­nômicos (Dieese) e pelo Minis­tério do Trabalho.


Entre os possíveis motivos para a situação estaria o aquecimento do mercado de trabalho no estado, que possibilita aos trabalhadores conquistar empregos por meios diversos ao do poder público, concentrado no Sine. “Num bom momento econômico, o profissional enxerga que pode conseguir um emprego e vai em busca disso, não aguardando somente as vagas passadas pelo sistema público”, diz Lenina Formaggi, economista do Dieese.


O professor de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Luciano Nakabashi ressalta que a taxa de desemprego muito baixa na região comprova a alta procura por vagas. “Isso diz respeito não somente às oportunidades cadastradas no sistema público. As pessoas estão conseguindo empregos por formas diferentes do Sine”, afirma.


Vagas


Entre 2009 e 2010, o número de inscritos no Ministério do Trabalho subiu 17,7% no estado, chegando a 759 mil tra­­ba­lhadores. Destes, apenas 172,3 mil candidatos foram recolocados pelo Sine. O número também é inferior ao índice de vagas ofertadas pelo programa público no estado, que chegou a 237,8 mil em 2010, com crescimento de 30,6% em relação ao ano anterior.


De acordo com Lenina, outro motivo que poderia explicar o quadro seria um possível descolamento entre as vagas ofertadas e o perfil dos candidatos. “Por vezes, a empresa pode esperar uma determinada qualificação para o cargo e não encontrá-lo, assim como o candidato achar que o trabalho não é o que ele procura”, diz.


 

Fonte: Gazeta do Povo, 1 de novembro de 2011

 

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