Em Curitiba e Região Metropolitana, os metalúrgicos paralisaram as atividades nas principais montadoras no início de cada turno e em mais 40 metalúrgicas, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. O trânsito foi bloqueado por alguns momentos na BR-277 e na BR-376.
Ainda na manhã de ontem, mais de mil líderes sindicais fizeram um protesto na Praça Santos Andrade, em frente à sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro de Curitiba. "Queremos chamar o governo para o diálogo", disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza. Segundo ele, participaram representantes de sindicatos de Curitiba e do interior do Estado.
Os trabalhadores são contra as medidas provisórias 664 e 665, que foram anunciadas pelo governo federal no final do ano passado e modificam a concessão de benefícios como pensão por morte, auxílio-doença e seguro-desemprego.
Ontem, os representantes sindicais se reuniram com o governador Beto Richa para cobrar diálogo permanente e medidas que garantam, por parte das empresas que recebem incentivos fiscais, o compromisso em manter o nível médio de emprego. O governo estadual prometeu conversar com as empresas que recebem incentivos para que mantenham os empregos previstos nos acordos. Segundo Richa, serão criados fóruns permanentes para melhorar o diálogo do governo com as centrais e ampliar as discussões sobre emprego e renda.
O Dia Nacional de Lutas contou com atividades em todo o País. Na Avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato.
A presidente da CUT-PR, Regina Cruz, lembrou que durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff prometeu que não iria retirar direitos dos trabalhadores. "Não vamos ceder em nenhuma retirada de direitos", disse. Ela acredita que as mudanças vão aumentar o custo das empresas e causar desemprego.
Fonte: Folha de Londrina, 29 de janeiro de 2015
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