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Maiores cidades do PR crescem acima da média nacional

População brasileira aumentou 0,86% no último ano e atingiu a marca de 202,7 milhões de habitantes

 

As cinco maiores cidades do Paraná tiveram crescimento populacional superior à média nacional, de acordo com a nova estimativa da população brasileira divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números, com data de referência de 1º de julho, mostram que o Brasil tem 202.762 milhões de habitantes, e o Paraná, 11.081 milhões. 


O levantamento apontou que o crescimento médio da população do País cresceu 0,86% no último ano. Na contramão nacional, Maringá cresceu 1,54%, saltando de 385.753 habitantes para 391.698. Cascavel aumentou a sua população em 1,19% e agora tem 309.259 moradores contra 305.615 em 2013. Ponta Grossa tem hoje 334.535 habitantes contra 331.084, um aumento de 1,04%. 

A população de Londrina cresceu 1,01% no último ano e passou de 537.566 para 543.003. A cidade continua sendo a quarta maior da Região Sul, ficando atrás de Curitiba, Porto Alegre e Joinville. Londrina é a 38ª maior cidade do Brasil e a 18ª entre os municípios interioranos. 

Curitiba, a oitava maior cidade do País, cresceu no limite da média nacional: 0,86%. A população da capital paranaense saltou de 1.848,946 para 1.864,416. Levando em conta os 399 municípios, a população paranaense cresceu abaixo da média nacional, com índice de 0,76%, puxado pelo crescimento tímido das cidades com menos de 100 mil, que foi nacionalmente de 0,72%. 


REGIÕES METROPOLITANAS
Formada por 25 municípios, a Região Metropolitana de Londrina (RML) aparece entre as 25 maiores regiões metropolitanas do País. É justamente a 25ª e a única, além da de Campinas, cuja cidade polo não é uma capital estadual. E ainda que a RML seja carente de uma organização geopolítica que fortaleça sua estrutura e integre seus municípios, não deixa de ser relevante sua colocação nacional. É o que avalia a professora do departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Tânia Maria Fresca. "É uma posição de destaque e é óbvio que isso é relevante porque coloca Londrina entre as 25 cidades mais importantes do País", defendeu. 

Mas há outros fatores mais prementes que devem ser levados em conta quando se discute se de fato a Região Metropolitana de Londrina está cumprindo seu papel, observa a professora. "Discutir o nível de desenvolvimento da RML pressupõe outros elementos, como qual a participação do PIB, geração de emprego, infraestrutura, mobilidade urbana, projetos direcionados à água, ao lixo, à saúde, enfim, que o potencial econômico, populacional e social de seus municípios seja garantido, o que não tem acontecido." 

E não tem acontecido, segundo Tânia Fresca, porque se por um lado há municípios com atividades econômicas consolidadas, como Londrina, Cambé, Ibiporã, Rolândia, Arapongas e até Jaguapitã, com sua produção avícola, por outro, a RML se viu inflada por critérios políticos. "Boa parte dos municípios que entraram na RML o fez para poder ter acesso aos recursos federais. Essa é uma das questões, ampliar demasiadamente a região metropolitana sem critério algum", criticou. 

INTEGRAÇÃO
Em relação à população da Região Metropolitana de Londrina não atingir 1 milhão de habitantes, ao contrário do que está no imaginário dos londrinenses, a professora da UEL fez uma ponderação: "Do ponto de vista oficial, Apucarana está fora da RML. Mas do ponto de vista real, as articulações com Londrina são intensas e muito fortes. Se levar em conta isso, a população aumenta para mais 1,2 milhão de pessoas", disse ela, destacando que o fluxo diário nas linhas metropolitanas que trafegam entre Apucarana e Rolândia e Rolândia e Londrina é de 4 mil pessoas. A mobilidade de forma integrada poderia ser ainda maior, afirmou a professora. "Uma possibilidade para que as cidades menores não tenham aderido ao transporte metropolitano é que ou os prefeitos desconhecem o processo de integração ou têm receio de que a integração implique em perda de consumo em suas cidades, e a gente sabe que a base econômica desses municípios é o comércio local", refletiu. 

 

Fonte: Folha de Londrina, 29 de agosto de 2014

 

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