Ao todo, 79 municípios do estado estão em situação de emergência.
Produtores rurais perderam criações, propriedades e plantações.
Ao todo, no Paraná, 79 municípios estão em situação de emergência. Nove pessoas morreram e seis continuam desaparecidas. Os estragos podem ser vistos por toda parte.
Os bombeiros saíram cedo em busca das mais de 10 famílias isoladas na localidade de Bom Retiro, entre Guarapuava e Pinhão. Todas as pontes da região caíram e o acesso só pode ser feito a pé ou pelo ar. Os moradores esperam por uma ajuda desde o início da chuva, na sexta-feira (06).
Em uma área rural de Guarapuava, a água subiu tanto que quase encobriu as residências. Os produtores rurais perderam as criações de galinhas e porcos. A água começou a baixar no início de domingo (08) e já é possível ver as residências, apesar de não ser possível entrar ainda.
O reservatório encheu cinco metros em dois dias e as oito comportas de Salto Osório precisaram ser abertas. Na usina, a visão é a de um espetáculo, mas no entorno do Rio Iguaçu, a chuva causou muitos estragos.
No interior de Quedas do Iguaçu houve vários desmoronamentos. Na comunidade de Lajeado Bonito, um morro cedeu, muita terra veio abaixo e encobriu uma casa. Um agricultor de 41 anos morreu soterrado. A esposa, o filho e o cunhado foram atingidos por um forno a lenha e estão internados com queimaduras.
No sítio do agricultor Roberto Wyzykowski foi o vento forte que derrubou pinheiros, a lavoura toda de milho, destelhou a casa, destruiu um galpão e os dois aviários. Ao todo, 60 mil pintinhos morreram soterrados. “O prejuízo total da propriedade vai passar de R$ 1,5 milhão ou mais”, diz.
Em Rio Bonito do Iguaçu, as aulas estão suspensas. Em Medianeira, um carro que passava por uma estrada rural foi arrastado pela correnteza. O motorista não teve tempo de retirar a mulher e o filho de apenas nove meses.
A enxurrada inundou a obra da usina do Baixo Iguaçu, na região de Capanema, e arrastou máquinas para dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Nas cataratas, a passarela foi interditada, parte das trilhas foi bloqueada, os elevadores estão fechados e até a torre de rapel foi arrancada com a força da água.
Fonte: G1, 10 de junho de 2014
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