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A Copa do atraso no país do jeitinho

 

A pouco mais de um mês do início da festa da qual descobriu que seria anfitrião há sete anos, o Brasil chega às vésperas da Copa do Mundo com a nítida sensação de que tudo o que preparou está aquém do que poderia ser feito. A maioria das obras de mobilidade urbana não ficou pronta, os aeroportos estão repletos de operários correndo contra o tempo e há estádios que nem sequer foram inaugurados. Além disso, o país vê o crescimento da onda de violência nas cidades sedes, o que gera temor nas autoridades brasileiras e estrangeiras.

Principal porta de entrada do país para a legião de autoridades estrangeiras, delegações e turistas que assistirão aos jogos, os aeroportos do país continuam devendo no quesito infraestrutura. “À exceção de Brasília, que conseguiu finalizar os trabalhos dentro do cronograma estabelecido, os demais aeroportos passaram por soluções emergenciais”, afirma Gilson Garófalo, especialista no setor de transporte aéreo e professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

Mobilidade urbana, o calo do governo

Embora tenha abandonado o mote de “Copa das Copas”, o governo corre contra o tempo para conseguir fazer um Mundial que dê orgulho para os brasileiros. Será realmente preciso pisar no acelerador: a 32 dias do evento, 62% das obras de mobilidade urbana ainda estão em execução. Já na área de segurança, uma das principais preocupações do Planalto, praticamente todas as cidades sedes passaram por treinamento simulando situações reais. Os dois últimos ocorrerão na próxima quarta-feira (Curitiba) e em 18 de maio (São Paulo).

De acordo com o Ministério das Cidades, foram investidos R$ 93 bilhões, desde 2007, para obras de mobilidade urbana, mas menos de 40% das obras já foram entregues. “O Pacto da Mobilidade Urbana, lançado em 2013, destinou mais R$ 50 bilhões, o que totaliza R$ 143 bilhões de investimentos no setor”, afirma o órgão. A pasta alega que a Copa alavancou os investimentos em mobilidade urbana no país e desencadeou novos e vultosos recursos para o setor no âmbito do PAC. “Todas as obras de mobilidade urbana selecionadas para o PAC são consideradas um legado do evento para a população local e das regiões metropolitanas. Nesse contexto, estão sendo construídos 338,9km de infraestrutura viária e para o transporte, dos quais 50km para sistemas sobre trilhos, 239,9km para sistemas sobre pneus e 49km de vias urbanas”, lista.


Fonte: Correio Braziliense

 

 

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