Jovens dizem que bom desempenho é o que traz felicidade no trabalho

Nube faz pesquisa sobre o que significa ser feliz no emprego.
53% dizem que é satisfação com a atuação; 2,3%, que é ganhar dinheiro.

"Para você, o que significa ser feliz no trabalho?", perguntou o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) a 7.791 candidatos a estágio com idades entre 15 e 26 anos.

Segundo o órgão, 53% dos jovens deixaram de lado alternativas como promoção e bom salário e optaram por "satisfação pessoal com seu desempenho" (53,01%).

A consulta foi feita entre 16 de dezembro e 3 de janeiro últimos. Os participantes tinham que escolher entre as seguintes opções: "alcançar altos cargos e ter status", "conseguir conciliar vida pessoal e profissional", "satisfação pessoal com seu desempenho", "ganhar muito dinheiro" e "ter um relacionamento saudável com os colegas".

Contrariando paradigmas, a alternativa com menor índice de preferência (2,35%) foi "ganhar muito dinheiro".

Para Marcelo Cunha, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, os jovens se sentem motivados quando encontram, em sua rotina, tarefas desafiadoras dos próprios limites. “Esse perfil precisa ter confiança em relação às atividades atribuídas, ser competente para sua função e contar com um acompanhamento capaz de reafirmar sua credibilidade”, afirma.

A segunda resposta mais citada foi "conseguir conciliar vida pessoal e profissional", com 27,94% dos votos. Em terceiro e quarto lugar ficaram, respectivamente, "ter um relacionamento saudável com os colegas" (9,87%) e "alcançar altos cargos e ter status" (6,83%).Segundo Cunha, a recompensa financeira é vista como consequência da performance profissional. Assim, o trabalho é encarado como necessidade de autorrealização e, o bem-estar econômico, como fruto dos bons resultados.

De acordo com o Nube, os jovens agora valorizam reconhecimento, imediatismo, curiosidade e busca por superação. "Esses aspectos são influenciados pela maneira como são criados hoje. Um bom exemplo são as redes sociais, pois reforçam a exposição e a procura por destaque", completa Cunha.

Fonte: G1, 17 de janeiro de 2014