Foro de São Paulo analisa no Brasil situação da mulher

 O XIX encontro do Foro de São Paulo analisa em um segundo dia o impacto da crise econômica na mulher e sua influência nos processos de integração regional.

Os principais debates se centrarão em analisar a participação política das mulheres em diversas circunstâncias políticas e nas esferas do poder, segundo a agenda divulgada pelo Comitê organizador deste encontro.

"As mulheres e a integração regional da América Latina e Caribe - o fortalecimento das lutas sociais do ponto de vista das mulheres" constitui outro tema a discutir no hotel Braston, sede desta reunião.

De maneira paralela se registrarão encontros nas secretárias regionais de Foro para debater sobre as situações nas zonas andina, do Cone sul, o Caribe e América do Norte, em especial Estados Unidos.

Ontem, no início do encontro, o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ricardo Alemão Abreu, alertou sobre as pretensões do governo estadunidense de frear e fazer abortar os processos de integração na América Latina.

Para combater os mecanismos de união regional, como a União de Nações Sul-americanas (UNASUL) e a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), o imperialismo norte-americano -com o apoio de governos de direita- tenta criar uma atmosfera contraproducente nestes blocos, assegurou.

Alemão Abreu afirmou que Washington busca fortalecer a chamada Aliança do Pacífico, integrada por México, Colômbia, Peru, Chile e Paraguai, que tem como fim ressuscitar a Área de Livre Comércio das Américas.

Apesar de considerar que "a tendência que prevalece em nosso continente é o avanço da integração", se pronunciou pela necessidade de fortalecer ainda mais as posições das nações latino-americanas tendo em vista neutralizar e prevenir o desenvolvimento dessa proposta, destinada a criar divisão.

Este primeiro dia foi aproveitado também para aprofundar o diálogo entre as diferentes organizações membros do Foro e incentivar a formação política da juventude latino-americana.

Prevê-se que no dia final do encontro, no domingo próximo, assistam os chefes de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, boliviano, Evo Morales, brasileira, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os agrupamentos brasileiros participam em reuniu-a o Partido dos Trabalhadores (PT), no Governo, o PCdoB, os socialistas do PSB e os democratas trabalhistas (PDT), entre outros.

Por América Latina e Caribe participam delegados dos partidos Socialista Unificado de Venezuela, Comunista de Cuba, Socialista do Peru, Aliança País, do Equador e o Movimento Socialismo Allendista de Chile, entre outros.

Fonte: Prensa Latina, 02 de agosto de 2013