Os trabalhadores da construção civil terão reajustes salariais que variam de 11,19% a 18,65%, de acordo com suas funções – todos acima da inflação dos últimos 12 meses, que foi de 6,95%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O acordo foi fechado ontem entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Londrina e Região (Sintracom) e o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon).
Os reajustes maiores, acima de 18%, são para as funções de contra mestre e mestre de obra, cujos pisos agora passam a R$ 2.067,60 e R$ 2.512, respectivamente. Os serventes de pedreiro são os que têm piso menor, de R$ 1.236. "Os reajustes são maiores para as funções mais altas para adequar os pisos de contra mestre e mestre de obra ao que é pago pelo mercado", diz o presidente do Sintracom, Denílson Pestana da Costa.
Segundo ele, os mestres chegam a ganhar R$ 4 mil. "Para manter esses profissionais, as empresa pagam bem acima do piso estabelecido", alega. O sindicalista destaca que, nos últimos anos, os trabalhadores vêm obtendo ganho real em seus salários. Costa conta que a categoria reúne 7 mil trabalhadores em Londrina e mais 3 mil nas cidades vizinhas.
O presidente do Sinduscon, Gerson Guariente, diz que os reajustes saíram acima daquilo que os patrões esperavam. "Ficamos preocupados porque os reajustes muito acima da inflação representam um alimento para a própria inflação", ressalta. De acordo com ele, a inflação próximo dos 7% no País representa um quadro muito preocupante.
Por outro lado, diz Guariente, salários maiores representam garantia de mão de obra qualificada. "Pode ser ruim para o empresário num primeiro momento, mas esses pisos dão a ele condição maior para atrair trabalhadores", salienta.
Fonte: Folha de Londrina, 23 de julho de 2013
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