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Federação dos Portuários rebate Paulinho da Força sobre decisão de greve no dia 19

O presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, afirmou sexta(8) que somente na próxima semana deve ser analisada a proposta de greve contra a Medida Provisória (MP) 595. A MP regulamenta a nova política federal de concessão de portos e terminais à iniciativa privada e, na interpretação dos sindicatos, pode trazer prejuízos aos trabalhadores, tanto em oferta de vagas como em garantia de direitos.


A declaração de Guterra, cuja entidade é filiada à CUT, contradiz o entendimento do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, que é filiado à Força Sindical. Essa entidade e seu presidente, Rodnei Oliveira da Silva, sustentam que uma reunião plenária realizada ontem decidiu por uma greve no próximo dia 19.


Segundo Guterra, porém, os sindicatos e federações dos trabalhadores nos portos (dos portuários, estivadores e avulsos), todos contrários à MP 595, assumiram um compromisso com o governo federal de esperar até o dia 15 para decidir sobre greve. “Até lá, afirma Guterra, estamos em negociação com o governo”, afirma Guterra.


O anúncio da suposta greve no dia 19 foi feito quinta(7) pelo próprio presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. Com a declaração, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado e relator da MP, afirmou que considerava a atitude como quebra do acordo.


Mas a FNP não reconhece o chamado de greve, já este foi feito em plenária, não em assembleia, e diz que os portuários não romperam o acordo.


De acordo com Guterra, a Federação dos Portuários ainda negocia com o governo sobre as propostas de alteração na MP, principalmente para reverter a privatização do sistema portuário, a contratação, pelos operadores portuários, de trabalhadores não ligados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e o fim da representação sindical nos novos terminais portuários.


“Acordamos com o governo de aguardar até o dia 15 e vamos esperar. Se as reivindicações dos trabalhadores não forem atendidas, aí sim podemos indicar paralisações que terão que ser aprovadas em assembléias por trabalhadores de todos os sindicatos das federações”, afirma.





FONTE: 11 de março de 2013

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