Além de ganhar mais espaço no setor profissional, nos últimos dez anos o nível de instrução do público feminino continuou mais elevado que o dos homens, segundo IBGE
Nos últimos dez anos, o nível de instrução das mulheres continuou mais elevado que o dos homens e elas ganharam mais espaço no mercado de trabalho. A proporção de famílias chefiadas por mulheres também cresceu mais do que quatro vezes na última década. É o que mostram dados do Censo 2010 e da última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) - tendo 2011 como ano base - do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados recentemente.
O nível de ocupação das mulheres com mais de 10 anos de idade passou de 35,4% para 43,9% de 2000 para 2010, enquanto o dos homens foi de 61,1% para 63,3%. Já as taxas de ocupação cresceram conforme a escolarização e o nível de instrução também aumentou. Para se ter uma ideia, mulheres sem instrução ou fundamental incompleto representaram apenas 36,9% do universo pesquisado, contra 67,1% dos homens. Já mulheres com curso superior de graduação completo representaram 78,2%, o dobro daquelas que não estudaram, contra 86,6% dos homens.
Para a coordenadora do Núcleo de Liderança dos Programas Corporativos do Isae/FGV, Vera Lucia Cavalcanti, a mudança de paradigma do papel da mulher na sociedade e da própria mulher tem sido vista com outro olhar. ''Estamos num momento de total independência feminina, seja na carreira profissional ou na vida pessoal. Hoje, por exemplo, o fim do casamento não é mais ameaça à sua base financeira. Ela enxerga sua capacidade de autonomia e dá conta do recado no mercado de trabalho e familiar'', diz.
A mulher no contexto histórico, segundo Vera Lucia, aproveitou o olhar de oportunidades e se destacou num curto espaço de tempo, resultando numa escalada rápida de carreira e independência. ''Os movimentos e mudança de postura feminina fizeram com que os campos de trabalho fossem se abrindo. E hoje há uma ampliação das possibilidades de ocupação, inclusive, as que eram comandadas somente por homens'', diz. Porém, conforme Vera, ao mesmo tempo em que descobriram que têm poder de voz e atuação, perceberam que se tratava de uma árdua competição, sobretudo com os homens.
Dessa forma, com o que ela acha de ''estado de encantamento'' fortalecido pela autoestima adquirida, as mulheres começaram a migrar para o oposto extremo, colocando outras áreas da vida de lado, motivadas pelo rígido julgamento profissional. ''A obstinação acabou comprometendo as relações afetivas, familiares e a própria maternidade'', constata. Dados do Pnad mostraram que, de 2001 para 2011, houve um aumento da proporção de casais sem filhos, passando de 18,8% para 21,7%. Destes, 42% são casais com idade entre 24 e 34 anos de idade.
Dos dados do Censo 2010, entre as atividades que mais empregam mulheres, os serviços domésticos ainda ocupam a primeira posição com 92,7% de ocupação feminina. Em segundo vem a educação, com 75,8%; e em terceiro estão a saúde humana e os serviços sociais, com 74,2%. ''Percebo, contudo, um crescimento constante da atuação das mulheres nas posições de liderança e gerencial, além das operacionais que eram mais comuns'', resume a coordenadora.
O nível de ocupação das mulheres com mais de 10 anos de idade passou de 35,4% para 43,9% de 2000 para 2010, enquanto o dos homens foi de 61,1% para 63,3%. Já as taxas de ocupação cresceram conforme a escolarização e o nível de instrução também aumentou. Para se ter uma ideia, mulheres sem instrução ou fundamental incompleto representaram apenas 36,9% do universo pesquisado, contra 67,1% dos homens. Já mulheres com curso superior de graduação completo representaram 78,2%, o dobro daquelas que não estudaram, contra 86,6% dos homens.
Para a coordenadora do Núcleo de Liderança dos Programas Corporativos do Isae/FGV, Vera Lucia Cavalcanti, a mudança de paradigma do papel da mulher na sociedade e da própria mulher tem sido vista com outro olhar. ''Estamos num momento de total independência feminina, seja na carreira profissional ou na vida pessoal. Hoje, por exemplo, o fim do casamento não é mais ameaça à sua base financeira. Ela enxerga sua capacidade de autonomia e dá conta do recado no mercado de trabalho e familiar'', diz.
A mulher no contexto histórico, segundo Vera Lucia, aproveitou o olhar de oportunidades e se destacou num curto espaço de tempo, resultando numa escalada rápida de carreira e independência. ''Os movimentos e mudança de postura feminina fizeram com que os campos de trabalho fossem se abrindo. E hoje há uma ampliação das possibilidades de ocupação, inclusive, as que eram comandadas somente por homens'', diz. Porém, conforme Vera, ao mesmo tempo em que descobriram que têm poder de voz e atuação, perceberam que se tratava de uma árdua competição, sobretudo com os homens.
Dessa forma, com o que ela acha de ''estado de encantamento'' fortalecido pela autoestima adquirida, as mulheres começaram a migrar para o oposto extremo, colocando outras áreas da vida de lado, motivadas pelo rígido julgamento profissional. ''A obstinação acabou comprometendo as relações afetivas, familiares e a própria maternidade'', constata. Dados do Pnad mostraram que, de 2001 para 2011, houve um aumento da proporção de casais sem filhos, passando de 18,8% para 21,7%. Destes, 42% são casais com idade entre 24 e 34 anos de idade.
Dos dados do Censo 2010, entre as atividades que mais empregam mulheres, os serviços domésticos ainda ocupam a primeira posição com 92,7% de ocupação feminina. Em segundo vem a educação, com 75,8%; e em terceiro estão a saúde humana e os serviços sociais, com 74,2%. ''Percebo, contudo, um crescimento constante da atuação das mulheres nas posições de liderança e gerencial, além das operacionais que eram mais comuns'', resume a coordenadora.
Fonte: Folha de Londrina, 21 de janeiro de 2013
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