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Mulher na sociedade

Dados do IBGE apontam que a participação feminina no mercado de trabalho tem crescido ao longo dos anos

A inclusão da mulher na vida social só ocorreu na segunda metade do século passado. Direito ao voto, maior igualdade no acesso à educação e o ingresso no mercado de trabalho garantiram voz à mulher na sociedade. A vida moderna tornou o trabalho para o sexo feminino uma obrigação, assim como é para os homens. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a participação feminina no mercado de trabalho tem crescido ao longo dos anos, embora os homens ainda sejam maioria entre a população ocupada. 


  No ano passado, as mulheres já eram maioria entre os brasileiros: cerca de 53% da população. No entanto, são minoria (45,4%) entre os trabalhadores ocupados. Outro importante avanço constatado pelo IBGE é que o crescimento da escolaridade feminina tem se manifestado nos diversos setores da atividade econômica. Mulheres com mais de 11 anos de estudo são maioria no comércio, na construção civil, na administração pública e nos serviços prestados à empresas. 


  Se por um lado o fortalecimento da inclusão feminina na sociedade é positivo, também é inegável afirmar que provocou certos prejuízos, principalmente na vida familiar, como aponta reportagem de hoje desta FOLHA. A abreviação da licença-maternidade tem sido cada vez mais constante, principalmente entre as profissionais liberais. E os exemplos são vários. Embora tenha sido um importante direito conquistado, a avaliação dessas profissionais é que ficar quatro meses afastadas do mercado de trabalho tem relação direta com a sua competitividade. 


  A amamentação do bebê até os seis meses de idade é defendida por especialistas – e preconizada pela Organização Mundial da Saúde – para garantir sua saúde física e emocional. No entanto, nem todas as mulheres podem, conseguem ou querem ficar seis meses em casa com dedicação exclusiva à amamentação. É importante salientar que não há certo ou errado, a decisão tem que ser conjunta entre a família porque todos serão afetados, seja física, emocional ou financeiramente. Muitas mulheres já são responsáveis pela maior parte da renda familiar ou são a única fonte de renda. 


  Os reflexos disso também já foram sentidos. A taxa de fecundidade caiu drasticamente. Atualmente, a média é de menos de um filho por mulher; em 1970, o número era de 5,8. Em uma sociedade em transformação é importante valorizar e respeitar a opinião de todos, porém os valores não podem ser esquecidos.

Fonte: Folha de Londrina, 06 de agosto de 2012

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